Olhei durante um bom tempo para
tela do computador sem ter certeza sobre o que eu queria escrever. Havia muito tempo, talvez anos, que eu não
sentia essa necessidade. Quando queria
desabafar eu procurava escrever, mesmo que ninguém fosse ler, mesmo que fosse
em num pedaço de papel que em seguida eu rasgasse, isso me ajudava a
exteriorizar o que eu sentia.
Como
sempre fui pessoas de poucos amigos é muito complicado ter alguém com quem
desabafar e toda vez que escolhia alguém para conversar era sempre a pessoa
errada. Eu nunca soube distinguir em quem eu podia confiar e assim sempre fui
engana pelo meu coração. Tive amores
sinceros, mas não fui o amor sincero de ninguém. Tinha muitos “amigos” e no fim descobri que
tinha pouquíssimos amigos. Eu acabava sendo sempre a traída, a enganada, aquela
que todo mundo podia contar e depois que acabasse de “usar” era descartada... E
foi assim com “amigos”, namorados, na escola, no trabalho.
Hoje
eu sou todas as escolhas que fiz as certas, as erradas, sou tudo isso fez com
que me tornasse a pessoa que carrega no sorriso muita tristeza e desesperança,
aquela com o olhar triste que deixou de acreditar em tanta coisa, que esqueceu
de viver. Aquela que por mais que queira
recomeçar não sabe por onde e nem por quê e então eu vou existindo, tentando
viver mais apenas existindo, mas que não vai desistir de lutar porque deve isso
a si mesma e aos poucos que a rodeiam e acreditam de alguma forma que a no fim
a vitória é certa.
Eu
vou conseguir. Ainda não sei como, mas
vou conseguir.
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