quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um dos meus maiores medos é de chuva, mas não é qualquer chuva, é aquela chuva com raios e trovões. Eu tremo junto com o trovão e não consigo fingir que raio é papai do céu tirando foto. Fiquei apavorada com essa chuva imaginando como ficaram essas pessoas que não tiveram como voltar pra casa. Umas dormiram em seus carros, outras perderam os seus, pior ainda aquelas que perderam suas casas e todas as coisas que com suor conseguiram comprar, espero que tudo se resolva da melhor maneira pra eles.
Imagino que se fosse eu na rua na hora daquela chuva... Nossa... Eu seria o pânico em pessoa. Minha mãe riu de mim, mas eu liguei ou mandei sms para as pessoas mais próximas de mne certificando que estavam todos bem.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Como não sou uma pessoa de muitos amigos tem dias que me sinto sozinha sem ter com quem conversar e como esse blog estava aqui paradão (vê se pelo último post) resolvi usá-lo como uma espécie de diário para expor minhas idéias, medos, interesses, desabafos e também alguns dos meus escritos que costumo chamar de diarréias mentais, que também podem ser encontrados no Blog do riso ao choro e vice-versa. O intuito aqui não é escrever para ser lido por alguém, mas se for (se alguém aguentar) legal! Vai ver como é minha nada mole vida e vai conhecer um pouquinho mais de mim. Como eu comentava a pouco com um amigo eu nunca consegui escrever sobre mim, talvez por nunca ter conseguido me definir. Já me disseram que eu sou uma pessoa mutável. Como assim?! Será que eu sou um Xman?!?! Em outro momento essa mesma pessoa me disse que sou o tipo de pessoa adaptável, me pus a pensar... Eu sempre julguei que essa pessoa me conhecia bem, mas até hoje não tive uma definição concreta.
Quem sou eu? A verdade é que nem eu sei!!! Será que vivo numa crise de identidade constante? Já reparei alguns comentários sobre mim e é fato que uns me amam e outros me odeiam, nunca houve um meio termo. Talvez isso se dê ao fato de que pra mim não existe o meio termo,é ou não é, gosto ou não gosto, e quando não amo nem odeio fico totalmente indiferente, mas em todo caso faço questão de demonstrar.
Quando mais nova eu era chamada de chata! Assim mesmo taxativa: CHATA! Nossa como as crianças são cruéis. Já ouvi dizer que quando se quer uma opinião sincera pergunte a uma criança! Talvez tenham formado essa opinião dado ao fato de que eu sempre era a escolhida pela professora pra ser representante de turma, por ter sido a mais votada na eleição de professores para representar a escola no CEC (Conselho Escola Comunidade), e ser a editora chefe do Jornal , co fundadora do grupo teatral da escola, e por obedecer a minha mãe! Sim! Por obedecer a minha mãe eu era vitima de preconceito porque não era como meu companheiros de turma, eu não ficava matando aula por ai atoa e quando matava era com autorização dos meus pais. Eles se espatavam porque eu sempre ligava pra minha casa pedindo pra ir a algum lugar quando saía da escola e ligava novamente se o rumo fosse mudado. Lembro até hoje de ouvir: "Você tem mesmo hora pra chegar em casa?" "Mas que droga para de ligar pra casa" "Vai ligar também pra avisar que vai ao banheiro?" "Nossa tudo você dá satisafações!" E acredite até hoje é assim! Saio digo pra onde vou, com quem vou, a que horas vou chegar, se preciso chegar mais tarde do que o previsto ligo avisando (Ah não me recrimine você também, isso aqui é Rio de Janeiro pessoas morrem por um celular, por 10 Reais!!!) Vejo hoje essas pessoas que tanto me recriminavam, as meninas em sua maioria viraram mãe antes dos 17 anos e criam seus filhos sozinhas, alguns meninos seguiram a tal "vida loka", ainda vivem outros morreram tragicamente e cedo e há ainda aqueles que estão presos, e é claro alguns casados com família formada, mas poucos. Veja bem, não estou aqui dizendo que eu sou perfeita, muito menos estou criticando ninguém, é apenas meu ponto de vista em relação a educação que eu tive. Eu cresci num ambiente muito família e prezo muito isso até hoje. Eu tenho um amor imenso pela minha família, principalmente pelos meus pais. Não somos aquela família de comercial de margarina nós brigamos, ficamos de mau, pedimos desculpas, mas no fim fica tudo bem! Eu tenho maior orgulho dos meus pais, meus "zoinhos" brilham quando algum amigo meu elogia eles. Agradeço muito a criação que me deram, eu sempre tive a liberdade de falar sobre tudo com eles, tudo mesmo. Sempre me deixam resolver minha vida, sempre expressando suas opiniões, me ensinaram a fazer escolhas e a entender que cada escolha tem consequências sejam elas boas ou não. Sempre fui livre dentro do limite. Muito do que eu sou devo a eles, a outra parte as consequências de minhas escolhas levam os méritos. Aos 27 anos posso dizer que já vivi bastante coisa, já possuo muitas marcas, cicatrizes de guerra nas quais me orgulho e outras que me envergonho, mas são minhas até o fim da vida e nesse caso não há escolhas é aprender com elas, não tenho como apagá-las.
Se eu tivesse que me definir numa só palavra eu diria: COMPLEXA! Complexa porque ainda não sei quem sou, ou por ser muita coisa ao mesmo tempo. Por enquanto deixo aqui registrado que sou somente Camila e eu vivo intensamente, caindo e levantando, mas vivendo, não apenas existindo. Estou tentando fazer a diferença.
Camila Ramalho a Medéia.




Eu odeio dentista talvez porque eu sempre tenha sofrido com obturações, tenho pavor daquela injeção de agulha fina e enooooorme da anestesia e da sensação de ter a boca torta por infindáveis minutos, falando meio esquisito, ah você sabe como é! Não?! Se não sabe dê graças a Deus pelos, seus belos dentes, porque eu já passei inúmeras vezes por isso e eu simplesmente odeiooooooo!